No mundo acelerado em que vivemos, a tecnologia avança a passos largos transformando indústrias e revolucionando a forma como fazemos negócios. No entanto, o setor da construção cívil parece estar ficando para trás nesse aspecto.
Mas por que isso está acontecendo e como podemos superar esse obstáculo?
Resistência à mudança e cultura conservadora
Uma das principais razões para esse atraso é a cultura conservadora e a resistência à mudança que ainda permeia muitas empresas e profissionais do ramo. Paulo Mayer, sócio-proprietário da MDPLAN, aponta que “Muitos estão acostumados com práticas tradicionais e essa resistência pode ser resultado do medo do desconhecido ou da falta de compreensão sobre como a adoção de novas tecnologias pode beneficiar seus negócios.“
Dustin DeVan, estrategista de construção e evangelista da Autodesk Construction Solutions, ressalta também a necessidade de fazer mais com menos recursos. “Precisamos de mais infraestrutura, mas temos uma escassez de mão-de-obra e margens cada vez menores.” DeVan acredita que para aumentar a produtividade e conseguir vencer em meio a esse cenário, as empresas devem abraçar a digitalização e conectar suas equipes, fluxos de trabalho e dados.
Escassez de mão-de-obra
A escassez de mão-de-obra é um dos principais desafios enfrentados no setor da construção. Pois à medida que a demanda por infraestrutura cresce, surge a necessidade premente de expandir a capacidade de produção. No entanto, essa expansão é dificultada pela falta de profissionais qualificados e, na maioria das vezes, a mão-de-obra disponível carece de habilidades necessárias para lidar com as crescentes demandas e as tecnologias emergentes.
Margens cada vez menores
Além disso, as margens cada vez menores também representam um desafio significativo. Diante de uma competição acirrada e custos constantemente em alta, as construtoras e incorporadoras se veem sob pressão para encontrar maneiras de reduzir os gastos e aumentar a eficiência. Nesse contexto, a digitalização e a adoção de tecnologias tornam-se, portanto, não apenas uma opção, mas uma necessidade de sobrevivência no mercado atual.
O futuro da construção conectada
Uma pesquisa recente, intitulada Transformação Digital: O Futuro da Construção Conectada, realizada pela IDC e divulgada pela Autodesk, destaca o Brasil como o país com menor nível de maturidade e o mais atrasado, em relação a outros países avaliados, no que se refere à adoção de tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial e Modelagem 3D.
No entanto, o estudo também revela que lideramos o ranking quando se trata de investimento em softwares baseados em BIM (Building Information Modeling) com uma adoção de 53% pelas empresas do setor. Podemos atribuir esse avanço ao aumento das parcerias público-privadas e à pressão para que o uso da ferramenta se tornasse obrigatório até o ano de 2021.
→ Leia também: Descubra como o BIM pode agregar valor aos seus projetos.
Apesar de 72% das empresas participantes revelarem ter a inovação como uma prioridade, a maioria delas ainda está em estágio inicial nesse processo. Os dados levantados pela pesquisa indicam que:
A pesquisa também identificou alguns “bloqueios digitais” enfrentados pelas empresas em suas jornadas de inovação. Dentre eles, destacam-se a dificuldade em criar um plano estratégico unificado para priorizar a implementação de investimentos tecnológicos e a construção de uma arquitetura tecnológica escalável.
→ Acesse a pesquisa completa aqui.
Compromisso com a inovação
Em um cenário onde a inovação e a tecnologia são essenciais para impulsionar o progresso e a competitividade, o setor imobiliário não pode mais ficar para trás. É fundamental que as empresas e profissionais do ramo reconheçam a importância da inovação e estejam dispostos a abraçar essa mudança.
Ao superar a resistência à mudança, investir em capacitação e adoção de novas tecnologias, é possível não apenas aumentar eficiência e produtividade, mas também oferecer melhores produtos e serviços. Portanto, é fundamental que as empresas e profissionais da área se comprometam com a inovação, aproveitando ao máximo as oportunidades oferecidas pela tecnologia. Somente assim poderemos construir um futuro mais sustentável, eficiente e próspero para todos os envolvidos.
O momento de agir é agora!